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Apagão nacional pressiona o programa nuclear

11 de Novembro de 2009 Deixe um comentário Go to comments

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“Houve desligamento completo de Itaipu”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. A hora do blackout não poderia ser melhor. Quer dizer, poderia: às 22h, quando aconteceu o apagão, a maioria das pessoas estavam efetuando as últimas atividades do dia, mas o efeito do blackout no horário de pico das 18h seria bem mais devastador. Independente da causa, falhas técnicas, causas naturais ou ação governamental(dá-lhe conspiradores!), a dependência do Brasil em apenas uma termoelétrica tornou-se clara.

O blackout deixou o Brasil às escuras, porém focou os holofotes no “plano do Ministério de Minas e Energia para expansão e diversificação da matriz energética até 2030. Pelo plano, o país, hoje com duas usinas atômicas funcionando, deverá pôr em operação entre quatro e oito novas unidades nos próximos 20 anos.” Na verdade, oito novas usinas irão gerar 7.300 MW/h, metade de Itaipú.

Pernambuco foi a única unidade federativa da região a ser afetada pelo apagão e também é um dos principais estados que disputam a posse de uma unidade atômica das duas que serão instaladas no Nordeste, junto com Bahia, Alagoas e Sergipe. Nos bastidores há um plano de dividir as usinas entre o eixo Recife-Salvador, os estados mais importantes da região, mas os outros dois conconrrentes também estão na corrida: o argumento sergipano é de que “a localização e a rede fluvial  precisam ser levadas em conta na decisão”, e “em Alagoas, realizamos seminários, discutimos e inserimos a sociedade no debate” alegando o apoio da população.

A principal vantagem da energia nuclear se dá por sua geração sem o uso de combustíveis fósseis. Antes tratada com arbitrariedade, esta forma de energia vem arrecadando cada vez mais fãs, inclusives ícones da ecologia que denomina, a energia nuclear de “futuro energético”. Em contrapartida, as desvantagens também são notáveis: o lixo atômico produzido é perigosíssimo, além de ser passível a acidentes como de Chernobyl e a necessidade de uma alta segurança, principalmente contra terroristas. Até janeiro de 2009, 31 países diferentes possuíam 210 usinas nucleares em um total de 438 reatores. Os cinco países com maior número de reatores são: Estados Unidos(104), França(59), Japão(56), Rússia(31) e Coréia do Sul(20), somando 270 reatores ou  aproximadamente 60% do total no mundo. Em termos de porcentagem de energia nuclear no total de energia elétrica gerada no país temos: França(78%), Lituânia(70%), Eslováquia(57%), Bélgica(54%), Suécia e Ucrânia com 48% cada.

Fontes:

  1. Itaipu volta a funcionar à plena carga após blecaute (O Estadão)
  2. Itaipu diz em nota que causa do apagão não teve origem na usina (O Globo)
  3. Eu quero a minha usina nuclear (Portal Exame)
  1. Ivo
    13 de Novembro de 2009 às 1:43 AM

    Preguiça maata ;D

  2. Victor
    13 de Novembro de 2009 às 1:04 AM

    Sugerir pode, escrever também. 😀

  3. Ivo
    13 de Novembro de 2009 às 12:05 AM

    ops, farsa com S 😀

  4. Ivo
    13 de Novembro de 2009 às 12:01 AM

    Não precisa usar seu achismo não. Pensa comigo, se todo mundo for usar energia nuclear, ia chegar em um momento que não existiria mais local pra colocar, sem contar a matéria prima.
    Esse é um ponto delicado, posso dar uma sugestão pro proximo post? A farça do carro elétrico.

  5. Victor
    12 de Novembro de 2009 às 11:56 PM

    Por isso disse “limpo”. hehe. O lixo tóxico realmente é um problemão: menos de 1kg de plutônio espalhados em toda a água potável existente tornaria esta água não-consumível, fora a “sujeira” de um acidente nuclear.
    Mas a questão é, por simples achismo meu, se fosse criado um índice que relacionasse
    Custo de Investimento,Geração de Energia e Danos Ambientais, “acho” que a energia nuclear iria estar lá no alto.

  6. Ivo
    12 de Novembro de 2009 às 11:50 PM

    Limpo só se for na tua casa. Pra onde vai o lixo tóxico?

  7. Victor
    12 de Novembro de 2009 às 11:47 PM

    É verdade, não tem comparação com os 5 países que tem maior participacao percentual, as medidas de população e área são muito desiguais.
    Mas podemos comparar com os Estados Unidos, que possui 104 reatores. Segundo o Exame, a construcao destas novas usinas aumentará para apenas 5% a percentagem de energia nuclear. Mesmo assim, a idéia é diversificar a geracao de energia e, de preferencia, com métodos “limpos”

  8. Ivo
    12 de Novembro de 2009 às 10:48 PM

    Mesmo assim, é diferente comparar França com o Brasil. São 2 matrizes energéticas diferentes. Por mais que adicionamos usinas nucleares, a participação delas é muito pequena.

    É o risco de uma explosão devido a um curto não pode ser descartada.

  9. Victor
    12 de Novembro de 2009 às 4:56 PM

    Uia, massa essa notícia. Acho que fazer como a França, com quase 80% da energia elétrica oriunda das usinas é uma boa ideia, dando às outras fontes um papel de sustentação do sistema nuclear. Com um sistema menor de suporte fica mais difícil haver panes.

  10. Ivo
    12 de Novembro de 2009 às 4:12 AM

    Qual seria a lógica em aumentar as usinas nucleares, se quando acontece qualquer problema desse padrão, elas são desativadas?

    http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1375619-5598,00-APAGAO+PARALISOU+USINAS+ANGRA+E+ANGRA+NO+RJ.html

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