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O Internacionalista

28 de Março de 2009 Deixe um comentário Go to comments

Antes de ler: este post foi feito enquando eu cursava Relações Internacionais (por 3 períodos) e não possui cunho econômico mas, mesmo assim, vale a leitura. 😉

– Oii, tás fazendo que curso?
– Relações internacionais !
-Pôôô, que chiquéééérrimo! O que é isso ?

Este tipo de diálogo é muito comum entre os estudantes de Relações Internacionais, inclusive eu. Para evitar isto, gostaria de explicar um pouco sobre o que é ou quem é o internacionalista. Bem, o bacharel em relações internacionais é alguem que possui (ou deveria possuir) conhecimentos em várias áreas e, mais importante, a relação entre elas: economia, política, direito, sociologia, antropoligia, estatística e outros. Somos um mix, assim como o mundo. Um fato dos estudantes de RI é que muitos deles entram no curso porque fizeram intercâmbio e gostaram da experiência. Isto pode ser, e geralmente É um grave erro, muitos desistem do curso no primeiro ano por ter a decepção de descobrir que o curso não é uma viagem turística para Paris. A dúvida mais comum entre os vestibulandos é quanto à obrigação de conhecer línguas estrangeiras. Olha, não só em RI, mas em qualquer área de trabalho, o conhecimento da língua inglesa é praticamente considerado como alfabetismo internacional. Mas, para RI, o conhecimento de outras línguas é sempre bem-vindo. Por exemplo, o curso da FIR exige que, a partir do 5º período, o aluno seja fluente em inglês e outra língua, através de exames de cunho internacional.

A área de trabalho é tanto vasta como restrita: os internacionalistas não possuem uma área definida de atuação, até mesmo a carreira diplomática está aberta para qualquer um, ao mesmo tempo que podemos atuar em várias áreas. O meu objetivo é a carreira de comércio internacional ou exterior, abreviado de Comex no mundo das RI. Há também a possibilidade de concorrer à prova do Instituto Rio Branco para entrar no Itamaraty. Sinceramente, eu tenho pena dos diplomatas: devem representar o Brasil e os interesses brasileiros em qualquer área que estiverem trabalhando,  independentemente de suas próprias ideologias, pensamentos ou opiniões: não passam de marionetes governamentais. Desculpem o radicalismo, mas é um fato. Prefiro a liberdade de ser um analista ou consultor internacional, elaborando tratados internacionais e acordos comerciais que não precisam ser, necessariamente, do interesse estatal. Há também o chamado Terceiro Setor (não confundir com setor terciário), que não são as empresas públicas e nem as privadas(voltadas ao lucro), são majoritariamente as Organizações Não-Governamentais, entre outros tipos de instituições.

Cada curso no Brasil possui um foco. Por exemplo, em Recife: a UFPE, FIR e Damas possuem as cadeiras mais voltadas para a ciência política, ou seja, a carreira diplomática. O que é uma pena: Pernambuco e o Nordeste como todo, principalmente por sediar o Complexo de Suape, deveriam ter um foco voltado para a economia, além de ter vantagem geográfica pela proximidade com a Europa e Estados Unidos. O curso mais conceituado e antigo do Brasil, o da Universidade de Brasília, é voltado para a economia, apesar de Brasília ser o centro político e jurídico do país, paradoxal, não? Viva o Brasil! Xau.

  1. Alexsandro
    26 de Dezembro de 2011 às 4:41 PM

    Bom demais esse texto, bem esclarecedor e ainda conta as especialidades de algumas Universidades brasileiras.

  2. Tattiana
    23 de Outubro de 2010 às 4:23 PM

    Parabéns eu queria fazer RI, mas meu pai disse que ele não pagaria a Faculdade caso eu optasse por “um curso desconhecido” (a cabeça do meu pai parou nos anos 70, ninguém merece!) então como terminei o colégio muito novinha comecei fazendo Direito, e como adoro a área de Direito Internacional (obviamente), empresarial e tributário, acabei ganhando (ganhei mesmo) uma pós em logística internacional e comércio exterior que estou cursando no momento.
    Minha região vem recebendo altos investimentos na área de estaleiros e terminais portuários…será que tenho chance?

    • Victor Albuquerque
      7 de Novembro de 2010 às 2:14 AM

      Excelente !
      Bom, é só correr atrás, porque muitas empresas estão apostando em RI. A maioria dos meus colegas da turma de RI hoje estão empregados na área, mesmo antes de serem formados. Sucesso!

  3. Mary
    28 de Setembro de 2010 às 1:35 PM

    ótimo post!! Beijo,sucesso!!

  4. Victor
    22 de Outubro de 2009 às 12:54 PM

  5. 22 de Outubro de 2009 às 11:06 AM

    OIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

  6. 22 de Outubro de 2009 às 11:06 AM

    oux, em matemática vc tem que saber 3 línguas, a gente faz até prova, semestre passado mesmo fiz de inglês (passei sim, mas tou fazendo inglês esse semestre porque nasci masoquista) se em RI num tivesse que saber pelo menos 3 línguas eu pararia de respeitar gente dessa área… ¬_¬ bando de vagabundo, oux

  7. 22 de Outubro de 2009 às 11:05 AM

    MASSA

  8. Victor Albuquerque
    28 de Março de 2009 às 10:05 PM

    maaai
    vai pra tua tabuada vai

  9. Roberta
    28 de Março de 2009 às 8:33 PM

    oux, em matemática vc tem que saber 3 línguas, a gente faz até prova, semestre passado mesmo fiz de inglês (passei sim, mas tou fazendo inglês esse semestre porque nasci masoquista) se em RI num tivesse que saber pelo menos 3 línguas eu pararia de respeitar gente dessa área… ¬_¬ bando de vagabundo, oux

  10. Raquel Pedonni
    28 de Março de 2009 às 1:52 PM

    Eu já sabia por alto quais os campos que um internacionalista poderia atuar, agora conheci um pouco mais, e realmente, o campo é aberto mesmo, basta ser bom! ;***

  1. 28 de Outubro de 2009 às 2:18 AM

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